A HORA DA ESTRELA SERÁ MAIS LINDO EM UM TEATRO MENOR

 




A HORA DA ESTRELA OU O CANTO DE MACABÉA é desses espetáculos únicos. Como Clarice é única, não se compara. 


No palco do Guairão, Claudia Ventura é voz, é a poeta, é Macabéa. Transita fluída  - como Clarice - entre a narrativa e as personagens - com seus diálogos interiores e exteriores.  A seu lado, Claudio Gabriel e Laila Garin transitam com competência.


Tudo emoldurado pelas construções cenográficas  funcionais de André Cortez e pela presença musical de Chico César em  Fabio Luna, Pedro Aune e Pedro Franco. 


O diretor André Paes Leme ampliou, em sua adaptação, a dimensão poética dessas mulheres impares, Clarice e Macabéa. 


Esmiuçar a crítica seria reduzir o espetáculo. Só posso desejar que vocês o presenciem.


Aqui, por isso mesmo, vem um lamento. Espetáculos como este não são para palcos 

enormes e plateia distante. Perde-se dramaticidade, intimidade e os semitons - tempero 

que torna uma obra saborosa. E no Guairão, a necessidade de luz intensa chega a 

"chapar", em muitos momentos. E ali, do primeiro balcão, o som dos microfones, na 

primeira meia hora, chegava com certo eco, dificultando a compreensão, ainda mais nas 

muitas canções que são parte da narrativa. 


Desejei sentir melhor a bela performance vocal de Claudia Ventura, principalmente 

quando sobe aos agudos. 


Este problema já o sinto há anos em certos espetáculos ali, naquele belo teatro.



Que a estrela venha, de novo, para brilhar no Guairinha! 



PS - Espetáculo de força de palavras, fiquei imaginando que audiobook perfeito se faria com essas interpretações. Tomara que venha.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

VENDAS DO KLUG - mais de 70 itens

2024-25 AULÕES ARTES CÊNICAS BACHARELADO

Fringe: TRIBOBÓ CURITIBA CITY E A COMÉDIA A VAPOR e a ESCOLHA CORAJOSA DO CTM CULTURAL