Fringe: TRIBOBÓ CURITIBA CITY E A COMÉDIA A VAPOR e a ESCOLHA CORAJOSA DO CTM CULTURAL
A marca nas duas criações do CTM CULTURAL a que assisti até agora, A Comédia a Vapor e Tribobó Curitiba City, é o frescor juvenil.
Além disso, em ambos talvez importe menos o “acabamento formal” que a
vontade de uma celebração coletiva. É uma coragem e uma humildade da direção abrir
mão da rigidez estética para dar liberdade de criação e protagonismo ao elenco.
Tais características produziram dois espetáculos leves, soltos e
marcados pela espontaneidade.
Aos que não seguirão carreira, o CTM oferece a oportunidade de
desfrutarem do que o fazer teatro oferece: alegria, encontro e transformação pessoal. Que seja uma bela recordação o tempo em que ali
estiveram.
O teatro do CTM CULTURAL é intimista – cerca de oitenta lugares. E a ideia é a de
“sinta-se em casa”. E tem dado resultado: não é o primeiro ano em que a maioria
de seus espetáculos está com lotação esgotada. Sim, o público se diverte.
Outro elemento que marca os dois espetáculos é algo que pouco se vê: a
alegria em se estar em cena. Esta alegria me permitiu ser surpreendido por
momentos brilhantes e de muita criatividade.
É também marca do CTM CULTURAL, criado por Roger Bortolan, a aposta na
improvisação (a partir de Viola Spolin e outros) como base inicial de preparo
para atuação. Improvisação libera a
expressão e a criatividade pessoal. Como sua base é “aceitar o que vem do outro”,
facilita a integração em grupo: o jogo teatral improvisado é, por natureza,
includente. A improvisação é em parte responsável pela espontaneidade e
vitalidade tanto de Comédia a Vapor
como de Tribobó Curitiba City.
Diante dessa alegria, todo erro será perdoado.
Do CTM antevejo o surgimento de atores, atrizes, diretores e outros
profissionais dos quais vocês ainda ouvirão falar.
Vale a pena conhecer aquele espaço!
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