BANCA DE ATOR/ATRIZ SATED-PR DEZ 2018. ENTENDA TUDO!
QUEM É FERNANDO KLUG EM RELAÇÃO AO SATED E À BANCA
Ator e diretor profissional há 37 anos (DRT 1273), professor e coach de atores, 6 vezes jurado do Troféu Gralha Azul (que premia os melhores profissionais do Paraná na área de Teatro), foi articulista (crítico) de Teatro escrevendo para o Jornal do Estado, para o RIC+ (da Rede Record) e em blogs e páginas pessoais. Seus preparatórios longos tem alcançado 85% de aprovação em 15 anos e 100% nas duas últimas bancas (2017-2018).
Foi coordenador de Teatro e Escolas na atual gestão do SATED-PR e ministra palestra , durante as bancas, a palestra sobre ética e termos técnicos.
O PERIGO DA DUPLA ERRADA
Como as provas são feitas em duplas de candidatos, a falta de harmonia entre os dois atores/atrizes pode comprometer. Já auxiliei atores que vinham de EXPERIÊNCIAS estéticas diferentes e cada um querendo convencer o outro de fazer as cenas segundo o que aprendeu. Como o julgamento da banca é individual (cada ator é visto separadamente), geralmente um dos atores (o que impôs ao outro a sua forma estética) se sairá melhor, e o outro poderá, inclusive, não se sair bem. É preciso, então, um olhar externo que propicie a harmonia das cenas e garanta a cada ator evidenciar seu talento e capacidade.
Outra pergunta retórica: você prefere realizar cenas e improvisos com quem já desenvolveu intimidade ou com uma pessoa desconhecida?
Outra: prefere realizar ensaios com alguém comprometido como você ou com alguém que não se importa muito?
E uma última: prefere ensaiar com alguém que tenha tempos livres semanais parecidos com os seus ou com alguém do tipo “bom, nossos horários que batem são terças e sextas da meia noite às duas”?
O QUE PRECISA SER TRABALHADO E O TEMPO NECESSÁRIO
Talento e/ou vocação não bastam: é preciso, para ser um profissional, de um mínimo suporte técnico. Muitos não passam na banca por falta de projeção e/ou colorido vocal ou corporal. A falta de projeção é bastante comum em atores acostumados ao vídeo, mas com pouca experiência em teatro. Há atrizes que possuem tonalidade basicamente aguda, outro problema que precisa ser solucionado. E a falta da energia (tônus), em teatro, é um grande problema.
Há, também, muitos que não aprenderam, nos grupos ou nos cursos, a analisar um texto e seus personagens adequadamente; outros que entendem que um personagem é sempre parecido com eles mesmos; há outros que só sabem fazer comédia; ou só drama; outros tem dificuldade em improviso; outros, em contracenar. E por aí vai.
Todas estas qualidades não se desenvolvem de um dia para o outro. E não se livra das limitações de um dia para o outro.
Além disso, a falta de segurança na apresentação perante a banca pode – como já afirmei – impedir que a banca perceba as qualidades da dupla. Até porque fazer este teste é como realizar um espetáculo de uma única apresentação.
MAS O QUE A BANCA QUER DE VOCÊ?
Esta é a raiz de muitas perguntas que me fazem: “O que os jurados avaliam?”. “O texto deve estar completamente decorado?” “Pode-se alterar o texto?” “Qual a melhor parte do texto a escolher e quais os personagens mais adequados para mim?” “E se a cena passar do tempo estabelecido?” “Se errarmos, podemos começar novamente?” “Posso trocar o sexo de meu personagem?” “A concepção da cena conta ponto?” "Existe algum macete para diferenciar as cenas e mostrar qualidades diferentes?... Como é a leitura a primeira vista, leitura branca ou interpretada? Por que? A improvisação precisa ter começo/meio e fim? Tantas perguntas, cujas respostas farão grande diferença em sua preparação.
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